Devido ausência de fissuras e a morosidade da indenização, foi protelada ao máximo a transferência do Sanatório. Entretanto, diante do agravamento do risco, saiu às pressas, como se já não bastasse o sofrimento enfrentado desde 2018, quando veio à tona o crime ambiental que devastou o solo no bairro do Pinheiro e demais proximidades. Desde então, a perda de pacientes tem sido crescente: ultimamente foi reduzida a 1/3, mas sempre predominou demanda do SUS, portanto, o maior prejudicado é justamente a parte mais carente da população. Infelizmente, isso não sensibilizou a petroquímica.  Diante dos novos fatos, o Sinmed espera que o valor seja liberado com celeridade, até porque quem iniciou tratamento ali precisa de referência segura.

O projeto para o novo prédio do Sanatório está pronto, e deve ser construído em dois anos, na Av. Josefa de Melo, com 200 leitos, mas depende dos recursos da mineradora, daí apelamos por celeridade.  E mais: que também seja dada prioridade nos trâmites burocráticos, afinal, é uma porta de SUS que não pode emperrar esperando licenças e autorizações por longo tempo. Há vidas em jogo.

A realocação dos pacientes para leitos alternativos foi feita com êxito, mas é necessário viabilizar o futuro, e reabrir as portas do Sanatório para os alagoanos o mais breve possível. Aos 78 anos, o velho hospital resistiu ao abalo. Merece respeito e fôlego para se reerguer com dignidade. É o nosso clamor: salvem o Sanatório.