Cardiologia ameaçada

Cardiologia ameaçada
Cardiologia ameaçada

 

Lamentável que o Hospital Chama, de Arapiraca, cada vez mais restrinja o atendimento aos pacientes do SUS da região onde se estabeleceu.  É um empreendimento sólido, tem alta demanda inclusive de origem particular e convênios privados. Ao que parece, não tem mais interesse em cumprir o trabalho social de atender as pessoas de menor poder aquisitivo dos 40 municípios circunvizinhos. Ao longo dos anos, a direção optou pelo descredenciamento de muitas especialidades. Mais recentemente, o serviço de cardiologia também está na mira do fechamento aos pacientes do SUS.    Os recursos são repassados em dia para o hospital e os médicos, mas a direção alega que o custo operacional não compensa. Em carta aberta a população, os cardiologistas defendem a continuidade do serviço, argumentando que é viável manter a assistência com os valores que entram. Enfim, como envolve o direito do cidadão, o Ministério Público já está analisando a causa. 

Atualizada em 22 de março- Apesar da intermediação do Ministério Público, a direção do Hospital Chama (Arapiraca) rescindiu no último dia 21/03 o contrato do hospital com a cardiologia. Não há mais cirurgia cardíaca nem hemodinâmica. Logo ao surgirem os primeiros rumores da suspensão desses serviços, os profissionais resistiram, chegando a denunciar os desmandos do Chama com verbas federais destinadas aos pagamentos dos procedimentos médicos de 2023. Além disso, também questionaram junto ao MPE/AL as alegações do hospital para o fechamento abrupto do atendimento cardiológico, mesmo com as contas superavitárias (só com verba federal, sem incluir os recursos do Programa Mais Saúde / Estadual). Enfim, o que se temia aconteceu: a população está prejudicada.

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