"Inadmissível ex-prefeito culpar servidores por fracasso do PSF", reage Sinmed

"Inadmissível ex-prefeito culpar servidores por fracasso do PSF", reage Sinmed

Rui transfere aos servidores da saúde sua culpa pelo fracasso do PSF

Em recente entrevista num programa de televisão, o ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira, responsabilizou os profissionais da saúde pelo fracasso do Programa Saúde da Família, causando indignação em todos. “Ele destruiu o PSF por inanição. Ou seja, quando gestor, deixou de investir no PSF, desestruturou o serviço, desmotivou as equipes, enfim, inviabilizou o programa. Instalou o caos na saúde pública, e agora quer posar de vítima, invertendo os fatos. Vamos refrescar a memória do povo,” reagiu o presidente do Sinmed, Marcos Holanda, frisando que apesar do sucateamento, os médicos não abandonaram os postos de trabalho.

“Foi preciso muito amor ao ofício, e consideração aos pacientes, pois não havia estrutura para uma assistência adequada, inclusive os colegas do município bateram de frente com a gestão por causa disso, entre outros desmandos, e houve represália até o fim (8 anos)”, lamentou o sindicalista, classificando de absurda a declaração do ex-prefeito. “Ele não deveria jamais atribuir a terceiros uma responsabilidade constitucional dele, enquanto gestor”, desabafou o representante da classe médica.

Segundo Marcos Holanda o ex-prefeito priorizou instituições privadas como hospitais, clínicas e institutos, quando deveria ter priorizado o PSF. Pra saúde foi um dos piores prefeitos que Maceió já teve”, concluiu.

A vice-presidente do Sinmed, Sílvia Melo, acrescenta que o ex-prefeito teve a sorte de contar com a generosidade dos servidores porque apesar da insatisfação, não houve greve. “Rui desrespeitou o plano de cargos, congelou salários, negou as progressões e até a insalubridade, tentou suspender o benefício do 13º no mês do aniversário e só não o fez porque a justiça impediu. Enfim, sofremos uma sucessão de golpes. No auge da pandemia o município distribuiu EPIs de péssima qualidade. Isso sem falar nas humilhações e perseguições em todos os locais de trabalho. Tivemos um gestor déspota, tirano, mau pagador e que ainda usou a desculpa da pandemia para tirar proveito, suspendendo a contribuição patronal do Iprev. Deixou um rastro de destruição infindável, prejudicou a população e os servidores. Gerou prejuízo enorme, mesmo tendo folga de recursos no orçamento”, lembrou a sindicalista, indignada com a naturalidade com que o ex-prefeito culpou as equipes do PSF pelo seu desmonte.

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