O sucateamento que a saúde pública vem sofrendo há anos, abriu uma chaga enorme no sistema. Nem dá mais pra camuflar. Os hospitais estão sem anestesistas, também há  carência de cirurgiões, e de várias outras especialidades médicas. Inadmissível, mas temos serviços de urgência 24 horas funcionando sem recursos humanos adequado, enfrentando alto risco a todo momento. Muitos colegas estão adoecendo, e o número dos que estão desistindo da rede pública vem crescendo. Enquanto o gestor protela decisão resolutiva, o inusitado acontece, como a recente tragédia na Serra da Barriga, por exemplo. Nenhum hospital estava preparado para receber aquela demanda – alguns estavam apenas com dois plantonistas.

Para o Sinmed, sinistro mesmo é o governo promover o desmoronamento, pra depois correr em busca do improviso. Não adianta inaugurar hospitais sem investir em equipe efetiva. Quando o Sinmed combate a precarização é justamente visando consolidação das equipes. Sem isso, fica inviável implantar padrão de qualidade, afinal, a rotatividade da mão de obra é grande. E mais: faltam especialistas imprescindíveis, tudo, enfim, é um faz de conta..., a situação está péssima em todas as unidades. Hospitais, maternidades, SAMU, assistência psiquiátrica é um pesadelo infinito, doenças infectocontagiosas, idem, nada  funciona a contento em Alagoas. A rede está prestes a colapsar. Precisamos unir forças para salvar a situação. Quem dera a crise fosse somente no Veredas. SOS intervenção na rede pública!