Assédio moral é crime

Assédio moral é crime
Assédio moral é crime

Como se não bastasse o salário irrisório, os médicos também sofrem com gestores emocionalmente despreparados para cargos de liderança. A situação é mais grave entre os precarizados, principalmente nas unidades recém-inauguradas pelo governador. Mesmo sem vínculo empregatício, trabalhando como autônomo, o médico é frequentemente ameaçado pelos chefes das unidades a compactuar com algumas irregularidades, como escassez de insumos e medicamentos, e até vaga na escala de plantão. O exemplo mais absurdo é de um colega que após 24 horas de exaustivo plantão, foi coagido a dobrar o horário. Ao recusar justificando esgotamento físico, ele foi ameaçado de ter seu nome boicotado para sempre na rede estadual, em outras oportunidades de prestação de serviço médico. A atitude, além de desumana, fere o Código de Ética e enseja abertura de inquérito contra os acusados. O Sinmed não admite nenhum nível de assédio, e já está adotando medidas cabíveis. Ao mesmo tempo, advertimos, mais uma vez, que não cabe terceirização em atividade essencial, como é o caso da medicina. O correto é que todos os trabalhadores sejam concursados, e cumpram carreira de estado.

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