Hospital da Mulher decepciona com gestão por OS

Hospital da Mulher decepciona com gestão por OS
Hospital da Mulher decepciona com gestão por OS

A audiência pública que apresentou o esboço da estrutura operacional do Hospital da Mulher, quarta-feira passada, 14/11, mostrou algumas falhas de fácil correção. Primeiro: a gestão será entregue a uma OS, apesar de ser parte integrante da Uncisal. Houve muito protesto, inclusive de parlamentar da casa. O correto seria repassar  recursos para a autarquia administrar. Aliás, o ideal mesmo seria preencher as vagas com os aprovados do último concurso e fazer nova seleção, se necessário. O pagamento será feito proporcionalmente ao cumprimento de metas. Nesse caso questiona-se a transparência, embora, em tese, é obrigatório apresentar os resultados mensalmente aos fiscalizadores: Seplag, Sesau, Conselho Gestor de OS e Tribunal de Contas do Estado. Dos 127 leitos,  64 destinam-se a alojamento conjunto, 20 a internação gineco/obstetrícia, 06 para mãe canguru. Vale rediscutir o quantitativo de cada área.  Terá oferta de serviços a gestante de risco habitual ( alto risco continua exclusividade da Santa Mônica).  E as metas? 630 internações; procedimentos obstétricos 780 (parto normal, cesariana e curetagem), consultas 8.460; procedimentos ginecológicos 301; exames 27.695; diárias de UCI 450; mãe canguru 180. Tem ainda atendimento às vítimas de violência sexual. Serão abertas 93 vagas médicas, sendo 28 para obstetras que atuarão com suporte de outras especialidades. O número de 8 neonatologistas foi considerado insuficiente e também há de se acrescentar a especialidade de anestesiologia, pois não está  previsto (inadmissível). O Sinmed esteve presente e está disposto a ajudar na composição de um dimensionamento médico mais adequado.

Fiscalizar OS(s) sempre!!!!

O Sinmed lembra sobre a necessidade de fiscalização nas UPAs, afinal, não dá para confiar nas Organizações Sociais que as gerenciam. É preciso que as entidade fiscalizadoras verifiquem minuciosamente as cláusulas do contrato, observando se as exigências estão sendo respeitadas. Entre os itens mais comuns que são burlados constam o descumprimento do número de médicos contratados - detalhe: essas OS(s) deveriam assinar a carteira dos médicos, o que nunca ocorre. O Sinmed já flagrou UPA sem pediatra no plantão; ausência de anestesista, e somente um cirurgião por turno. Sem falar na deficiência do transporte para transferir pacientes; limitação para acesso a exames de diagnóstico – algumas vezes existe o equipamento mas não funciona, em outros casos constatamos falta de aparelhagem imprescindível à natureza do pronto atendimento. É urgente haver fiscalização intensa e contínua. A população entra numa UPA, vê tudo limpo, com aparência de organização, mas não tem ideia do engodo. 

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